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4 de abril de 2024

Quatro setores industriais baianos serão beneficiados em programa de desenvolvimento

IEL

Estado teve sete projetos aprovados no novo ciclo do Programa de Apoio à Competitividade das Micros e Pequenas Indústrias, uma parceria da CNI com o Sebrae

Quatro projetos aprovados são voltados para o desenvolvimento do setor de confecções e acessórios. Foto: Valter Pontes/ Coperphoto/ Sistema FIEB.

A Bahia teve sete projetos aprovados no novo ciclo do Programa de Apoio à Competitividade das Micros e Pequenas Indústrias, uma parceria da CNI com o Sebrae. As iniciativas são voltadas para o desenvolver os setores industriais de mineração, alimentos e bebidas, confecções e assessórios e reciclagem e vão beneficiar 115 empresas baianas de pequeno porte.

“O Procompi é um programa nacional que visa aumentar a competitividade das empresas industriais de menor porte. Aqui na Bahia, o programa é coordenado pelo IEL, que articula e submete os projetos para aprovação”, explica Sandra Pasta, coordenadora do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Entre os sete projetos aprovados, quatro são voltados para o setor de confecções e acessórios. Um será desenvolvido em parceria com o Arranjo Produtivo Local de Confecções (APL de Confecções) do Polo de Vestuário, em Salvador, para estruturar o modelo de atuação do coworking situado no Condomínio Bahia Têxtil. Já em parceria com o Sindicato da Indústria de Vestuário do Estado da Bahia (Sindvest Bahia), outro projeto vai capacitar líderes da indústria de confecções. O outros dois projetos do setor são voltados para a qualificação de fornecedores que atuam na fabricação de bolsas e calçados na região central da Bahia.

Também no interior do estado, um projeto aprovado neste novo ciclo do Procompi vai capacitar 25 empresas fornecedoras do setor de mineração da região de Jacobina, em parceria com a Panamerican Silver.

Já o projeto que vai beneficiar o setor de alimentos e bebidas, em parceria com o Centro Internacional de Negócios da FIEB, prevê a criação de uma plataforma para divulgar produtos das micro e pequenas indústrias baianas.

Outra iniciativa, na área de economia circular, é em parceria com a Tecon e a CarbonGreen e tem como objetivo qualificar quinze cooperativas de materiais recicláveis. “Quando surgiu o edital do Procompi, percebemos a oportunidade de estimular a capacitação e a competitividade de associações e cooperativas de catadores a partir de uma ação efetiva. O projeto setorial conta com consultores técnicos que trabalham diretamente com este público, além de um time de consultoria focada em competividade”, explica Luiz Hermida, diretor da FIEB.

Metodologias inovadoras

Uma das primeiras ações deste último projeto foi uma oficina que reuniu representantes de cooperativas de catadores e reciclagem, da indústria, de universidades, instituições financeiras e de órgãos governamentais. Para mapear os desafios e prioridades da cadeia produtiva da reciclagem, foram aplicadas duas metodologias: a Metaplan, aplicada pelo SENAI Cimatec, e a Partida JOIN, desenvolvida pelo IEL.

“Juntamos os métodos para mapear as principais dificuldades para o desenvolvimento da economia circular participativa no nosso estado. Com a Metaplan, priorizamos as principais necessidades. Já com a Partida JOIN, os cinco principais pontos apontados pelos participantes foram detalhados em um plano de ação”, explica o gerente executivo do SENAI CIMATEC Flávio Marinho, que guiou a prática.

O diretor da FIEB, Luiz Hermida, destaca a importância deste processo para compreender as necessidades das associações e cooperativas. “Nesta prática todos puderam compreender as necessidades do setor de reciclagem, colocando os representantes das associações e cooperativas como protagonistas no processo de elencar e priorizar as necessidades, além de pensar as soluções para os principais desafios”, afirma.

Quem participou da oficina, avaliou o momento como positivo. “Tivemos a oportunidade de contar as nossas dores e a nossa história, e pensar soluções para a nossa realidade com todos os atores que ali estavam, como representantes da academia, área técnica e empresários”, comenta Genivaldo Ribeiro, da Cooperguary, localizada no subúrbio ferroviário de Salvador.

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