Futuro da reciclagem plástica na Bahia foi debatido nas Câmaras Municipais de Salvador e Camaçari
Nos dias 9 e 10 de junho, as câmaras municipais de Camaçari e Salvador foram palco de debates sobre os desafios e soluções para a reciclagem do plástico e a consolidação da economia circular na Bahia. O seminário “Plástico e Políticas Públicas”, promovido pelo Sindiplasba e a Braskem, com apoio técnico da startup Solos, reuniu vereadores, especialistas, representantes de cooperativas e empresas com o objetivo de buscar caminhos conjuntos para uma gestão mais sustentável dos resíduos.
O evento destacou a importância da colaboração entre os diversos atores da sociedade para enfrentar os entraves que limitam o avanço da reciclagem no país. Entre os principais desafios apontados estão a ausência de infraestrutura adequada para coleta seletiva, a baixa mobilização da população e questões tributárias que dificultam a competitividade da resina reciclada frente à virgem.
Durante o encontro, Saville Alves, CEO da Solos, reforçou o papel dos legisladores na criação de políticas públicas que incentivem a educação ambiental e o fortalecimento das cooperativas de catadores. Já Paulo Teixeira, presidente executivo da Abiplast, alertou para a necessidade de superar gargalos sistêmicos e regulatórios, sobretudo para as micro e pequenas empresas do setor.
ECONOMIA CIRCULAR
A Braskem apresentou suas iniciativas para impulsionar a economia circular, como os programas Plastitroque, Oficina de Economia Circular, e Ser , este último, voltado diretamente ao apoio às cooperativas de reciclagem. Segundo a empresa, essas ações refletem o compromisso em promover mudanças estruturais que estimulem a reciclagem e o consumo consciente.
O Sindiplasba também reforçou o compromisso das indústrias com a redução dos impactos ambientais do plástico, destacando que o setor tem investido continuamente em tecnologias, inovação e novos modelos de produção mais sustentáveis. A entidade reafirmou a importância de um diálogo aberto com o poder público para avançar em soluções eficazes e integradas, que fortaleçam a cadeia da reciclagem na Bahia.
Ao fim dos encontros, ficou clara a urgência de transformar o atual modelo linear de consumo em uma cadeia circular integrada, com benefícios sociais, ambientais e econômicos. Para os organizadores e participantes, a reciclagem do plástico é não apenas viável, mas essencial para o desenvolvimento sustentável das cidades baianas.