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16 de outubro de 2025

Força da Construção Civil na Bahia foi destaque na 3ª edição da Constru Nordeste

Construção Civil Indústria Sistema FIEB
Presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, na abertura oficial do evento. Fotos: Jefferson Peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB.

Com participação de destaque no cenário nacional da construção civil, o Nordeste representa atualmente 16,5% da atividade do setor no Brasil, e a Bahia se destaca como o estado com maior representatividade da região, sendo responsável por 5,4% de toda a construção civil do país e concentrando cerca de um terço (30%) da produção nordestina, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Nesse contexto, a 3ª edição da Constru Nordeste, que acontece no Centro de Convenções da capital baiana, entre os dias 15 e 17 de outubro, foi momento de celebrar a pujança do setor e discutir oportunidades de avanço. O evento, que já se consolidou como o maior da construção civil no Nordeste, reúne mais de 200 expositores e 45 palestrantes, além de diversas autoridades e representantes do setor público e privado.

Autoridades participaram da abertura do evento.

Na cerimônia de abertura, o governador Jerônimo Rodrigues destacou o papel estratégico da Bahia no desenvolvimento econômico nacional, especialmente no que diz respeito à geração de empregos, inovação e sustentabilidade. Segundo ele, o estado vive um novo ciclo de crescimento impulsionado por grandes investimentos públicos — com destaque para o Novo PAC — e por iniciativas privadas nas áreas de infraestrutura, habitação e equipamentos sociais.

Já o prefeito de Salvador, Bruno Reis, defendeu a importância da segurança jurídica para o desenvolvimento da construção civil, citando as mudanças na Lei de Ordenamento do Uso do Solo (LOUS) e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Ele também ressaltou que, apenas entre janeiro e agosto deste ano, “mais de 5 mil empregos foram gerados pelo setor na capital baiana somente neste setor”, reforçando o impacto direto da construção civil na economia e no bem-estar da população.

Apoio ao setor e avanços estruturais

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Alexandre Landim, que defendeu o fortalecimento da industrialização na construção civil, ressaltando a conexão entre a atividade e o desenvolvimento urbano. Ele anunciou a assinatura de um termo de cooperação entre o Governo da Bahia, o SindusCon, o Exército Brasileiro e o SENAI, visando a formação profissional de trabalhadores para o setor. Landim também pontuou a necessidade de acelerar processos e enfrentar gargalos como a reestruturação dos centros históricos e o ainda elevado déficit habitacional no Brasil e na Bahia.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Corrêa, apesar dos avanços — como o funcionamento do sistema habitacional e a iminente reforma tributária — o setor ainda enfrenta obstáculos sérios. Ele criticou a existência de mais de 5 mil códigos de obras no país e destacou que “o tempo médio de licenciamento, que chega a 18 meses, pode representar até 15% do custo final dos imóveis”, além de dificultar o acesso à infraestrutura por grande parte da população.

Feira movimenta negócios e inspira iniciativas

De acordo com Marcos Machado, presidnete da Rede Bahia, a Constru Nordeste impacta diretamente o mercado ao movimentar negócios e gerar conhecimento. A feira também serviu de inspiração para outras iniciativas, como a INDEX, mencionada pelo presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos. Segundo ele, o grande desafio é transformar a construção civil em uma indústria moderna, com tecnologia, agilidade e qualificação. “Inovação, pesquisa e capacitação, em parceria com instituições como o SENAI Cimatec, são essenciais para alcançarmos o tamanho e a qualidade que o país merece”, afirmou.

Representando o Sebrae, o diretor técnico Franklin Santos celebrou a participação de 65 micro e pequenas indústrias na feira. “Sabemos o quanto é desafiador colocar de pé uma pequena empresa. É um privilégio fazer parte de um projeto que dá visibilidade e oportunidade para esses empreendedores”, afirmou.

A executiva da Caixa Econômica Federal, Inez da Silva Magalhães, também expressou otimismo em relação ao atual momento do setor, destacando os avanços institucionais e o fortalecimento do ecossistema de crédito no país.

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