Bahia registra queda no ranking da produção industrial
Dados refletem os efeitos do encerramento das atividades da Ford no Estado; o destaque do ano é o setor mineral
A Bahia registrou queda de 14,3% na produção física da Indústria de Transformação em 2021 e ocupa a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – PIM-PF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 4,3%.
Além da Bahia, quatro estados registraram desempenho negativo: Pernambuco (-0,4%); Mato Grosso (-1,0%); Goiás (-4,9%); e Pará (-13,7%). Os seguintes estados apresentaram resccimento: Espírito Santo (15,2%); Santa Catarina (10,3%); Paraná (9,0%); Rio Grande do Sul (8,8%); Minas Gerais (8,7%); Rio de Janeiro (7,7%); Amazonas (6,8%); São Paulo (5,2%) e Ceará (3,7%).
O desempenho negativo reflete o encerramento das atividades industriais da Ford Camaçari (-94,9% na produção de veículos automotores), em janeiro de 2021, e o mau desempenho do setor de Refino (-18,1%), em virtude de parada de manutenção e outros problemas operacionais ocorridos na Refinaria de Mataripe. Apesar do dado negativo, a Nota Técnica da Gerência de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia vê uma perspectiva de crescimento para 2022.
Um dos setores que devem alimentar esta perspectiva é o da Indústria Extrativa Mineral, que registrou alta de 7,3% no ano e deverá crescer ainda mais a partir da disponibilidade de infraestruturas modernas como a FIOL e o porto Sul.
No acumulado do ano, também registraram desempenho positivo seis dos onze segmentos analisados da Indústria de Transformação baiana.
- Couro e Calçados (31,2%)
- Equipamentos de Informática (15,4%)
- Minerais não metálicos (8,3%)
- Borracha e Plástico (5,2%)
- Produtos Químicos (4,7%)
- Celulose e Papel (1,6%)