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Vencedores

Na categoria Micro e Pequenas Empresaso primeiro lugar foi para a Realce Industrialização, por um projeto de produção de artefatos plásticos para a construção civil a partir de insumos recicláveis. O material utilizado para a produção desses artefatos é coletado na comunidade onde a empresa está localizada e em outras fábricas da região. Somente em duas fábricas situadas no entorno da Realce Industrialização, 50 toneladas de resíduos foram coletadas ao longo de três anos. Neste período, a empresa produziu mais de dois milhões de produtos, a partir de material reciclado, gerando faturamento superior a R$ 12 milhões. “A questão ambiental sempre esteve no nosso foco e nos dá extrema satisfação trabalhar com as cooperativas e ver resíduos transformados em produtos”, afirmou a representante da Realce, Tiago da Costa.

Os outros destaques entre as micro e pequenas empresas foram a Flora Brazil Ecobusiness, que ficou na segunda colocação com um projeto para produção de cápsulas biodegradáveis e compostáveis de café utilizando resíduos da indústria; e a Ecoloy, terceira colocada, com o projeto Ecobaggy, que produz bolsas confeccionadas, a partir de resíduos da indústria BMD Têxteis, em Camaçari.

Na categoria Práticas de Gestão Sustentável e Responsabilidade Socioambiental o primeiro lugar foi para a Bracell, com um projeto que estimula a apicultura em comunidades rurais, tradicionais e quilombolas, dos municípios Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Rio Real, Inhambupe, Araçás e Jandaíra. Desde 2021, mais de 1500 pessoas foram beneficiadas pelo projeto, que criou dois núcleos de produção de abelhas rainhas e dois núcleos de produção de cera de abelha, gerando mais de R$ 1 milhão em renda para os apicultores participantes. “Esse prêmio honra o trabalho desenvolvido em parceria com a liderança quilombola Janete, que junto com outras jovens mulheres produz mel e agora outros produtos, como biscoito e até uma cerveja à base de mel”, disse a representante da Bracell, Milena Oliveira.

segundo lugar da categoria ficou com a Acelen, com um projeto que criou o primeiro centro de excelência em educação do país no mercado de refino privado. Já a terceira colocação foi para a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), pela campanha de conscientização sobre os impactos negativos dos incêndios florestais.

Na Modalidade Tecnologias Sustentáveis, o primeiro lugar foi para Acelen, pela implantação do Programa de Gestão de Eficiência Energética da Refinaria de Mataripe – Acelen, com foco na redução do consumo de energia e de emissões de CO₂. “É com emoção que recebemos este prêmio pela primeira vez, pois todos os dias pensamos e repensamos como fazer nossas operações rodarem com menos recursos”, comemorou o representante da Acelen, João Farah.

As outras empresas premiadas nesta modalidade foram a Tronox, segunda colocada com um projeto que transforma o resíduo do minério não reagido em um subproduto com aplicação na construção civil; e a Comolimpa, que ficou em terceiro lugar, por integrar um processo de economia circular na fabricação de embalagens plásticas.

Já na modalidade Trabalhos da Academia (pós-graduação) e de Centros de Pesquisas Aplicadas, o primeiro lugar foi para Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que em parceria com o programa Desenvolvimento Socioambiental para a Agricultura Familiar (DSAF) e a Veracel Celulose, identificou a presença da Varronia curassavica, planta nativa da Mata Atlântica também conhecida como maria-preta, em áreas agricultáveis da agricultura familiar na região sul do estado. O óleo essencial da Varronia curassavica será insumo para a produção o primeiro fitoterápico totalmente desenvolvido no Brasil, um anti-inflamatório de uso tópico, gerando renda para agricultores familiares da região. “Este é um trabalho feito a muitas mãos e cabeças, que resultou no primeiro quimio tipo baiano, de uma planta nativa, base do primeiro fitoterápico totalmente produzido no Brasil”, contou a pesquisadora da UFSB, Carolina Kfouri.

Também foram premiados nesta modalidade a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que ficou em segundo lugar com um projeto de desenvolvimento de argamassas e concretos autolimpantes para a construção civil; e o SENAI Cimatec, terceiro colocado com o desenvolvimento de um sistema para monitoramento e controle da planta de reciclagem.