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22 de novembro de 2022

Salvador ganha novo centro cultural e museu de ciência 4.0

Centro Cultural SESI Casa Branca Estação Ciência Inovação SESI Tecnologia

Espaço será inaugurado nesta quarta-feira, dia 23 de novembro, e será aberto ao público a partir do dia 10 de dezembro

Centro Cultural SESI Casa Branca abriga a Estação Ciência, u museu de ciência e tecnologia 4.0

Um espaço para aprender, se divertir e interagir. Esta é a proposta da Estação Ciência, o novo museu interativo de Ciência e Tecnologia que o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia), por meio da Gerência de Educação e Cultura, inaugura na quarta-feira, 23.11, em Salvador. A Estação Ciência faz parte do Centro Cultural SESI Casa Branca, o mais novo espaço cultural de Salvador, localizado na Av. Caminho de Areia, 1.454, na Cidade Baixa.

A Estação Ciência será aberta ao público a partir do dia 10 de dezembro e vai funcionar de quarta-feira a domingo, no horário das 10 às 17h. Além da visitação individual, o espaço também foi pensado para acolher grupos escolares. O início das atividades dos demais espaços do centro cultural e a respectiva programação será comunicada posteriormente.

O Centro Cultural Casa Branca é também composto pela Varanda Casa Branca – espaço para apresentações artísticas e eventos corporativos –, a Sala Letieres Leite –, uma sala de arte com capacidade para 127 lugares, e a Praça da Ciência, dotada de vários experimentos ao ar livre, que exploram conceitos da física, além de uma geodésia, que reproduz estrelas e constelações do céu noturno de Salvador.

Sede também da Orquestra Jovem SESI, o Centro Cultural SESI Casa Branca faz parte do complexo de educação, esportes e lazer do SESI de Itapagipe, que foi a primeira unidade do Sistema Indústria na Bahia, localizada no bairro onde a indústria baiana começou a se estruturar.

Eugênia, a mascote que recepciona quem visita a Estação
Sala de Arte Letieres Leite que faz parte do Centro Cultural

INVESTIMENTOS

O SESI Bahia investiu mais de R$ 14 milhões em recursos próprios nas obras de requalificação do casarão (Solar Machado), construção dos novos espaços – Sala Letieres Leite e Praça da Ciência –, e na implantação do museu tecnológico, a Estação Ciência.

De acordo com o superintendente do SESI Bahia, Armando da Costa Neto, além da preservação patrimonial do Solar Machado, o SESI alinhou outros dois aspectos da sua missão ao realizar este investimento: promover Educação e fomentar a Cultura.

“Procuramos aproveitar o espaço para contribuir para o processo de aprendizado dos estudantes baianos, construindo a Estação Ciência, pensada na perspectiva da educação científica e tecnológica. A ideia é, a partir de um experimento lúdico, despertar o gosto pela aprendizagem, a partir da experimentação científica e da tecnologia”, explica Armando Neto.

“O Centro Cultural SESI Casa Branca ficou muito bonito, foi feito com muito carinho e a gente espera que a sociedade baiana venha usufruir deste espaço”, acrescenta o superintendente do SESI Bahia.

A gerente de Educação e Cultura do SESI Bahia, Cléssia Lobo, destaca o entendimento que o SESI tem do processo de educar. “A educação é um movimento de transformação que ocorre de maneira formal e não-formal em diferentes espaços e ambientes de aprendizagem. Inaugurar um museu de ciência, com uma proposta inédita em Salvador, muito menos contemplativo e mais interativo é um orgulho para nós educadores”, destaca.

Espaço interno do museu interativo dedicado às ciências

Para ela, a Estação Ciência é uma oportunidade de instigar crianças, adolescentes e jovens a verem a tecnologia como processo, como algo que pede criação e transformação e não apenas como algo que os coloquem como meros usuários. “A tecnologia não é apenas um botão de ligar e desligar”, lembra. “Museus podem nos conectar com a nossa identidade, com a nossa realidade, confronta crenças e podem ampliar o nosso repertório”, acrescenta.

Cléssia Lobo também fala da importância de Salvador ganhar um espaço para a programação das famílias. “Um passeio em família em um espaço interativo como foi pensado a Estação Ciência gera uma conexão, um momento privilegiado de pais e filhos experimentarem juntos e refletirem sobre algo relacionado a tantos conteúdos que fazem aprender de forma lúdica”.

Superintendente do SESI Bahia, Armando Neto

ESTAÇÃO CIÊNCIA

Espaço que inspira modernidade e insere a região no circuito da programação cultural de Salvador, a Estação Ciência, foi concebida sob a curadoria da museóloga e historiadora Heloísa Helena Costa, também conhecida como Helô da Paz, um apelido que ganhou do escritor e cartunista Maurício de Souza.

Ela reuniu uma equipe de especialistas e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento para criar o museu interativo de Ciência e Tecnologia. “A concepção da Estação Ciência parte da ideia de que Salvador é uma cidade soberana, tem um papel importante na formação do Brasil, mas ao mesmo tempo se moderniza sem esquecer os ícones do passado”, explica Heloisa Costa.

Painel em led e tecnologia touchscreen traz informações sobre diversas áreas da ciência e temas da atualidade

A proposta é proporcionar ao visitante uma viagem pelos grandes experimentos que marcaram a humanidade, sempre tendo Salvador como referência, utilizando recursos avançados, como tecnologia 4.0 e imagens em 3D, touchscreen e realidade virtual, além de experimentos lúdicos e interativos voltados para a ciência.

A Estação Ciência também presta homenagem a expoentes baianos ou radicados na Bahia em diversas áreas de conhecimento, da Medicina, passando pela Música, Ciências e Geografia, a exemplo de Teodoro Sampaio, Milton Santos, Bautista Vidal, Diógenes Rebouças e o psiquiatra Antonio Nery Filho, dentre outros.

“Este museu é tecnológico e científico, mas muito humanizado. Nem vou chamar de museu: é uma Estação Ciência para a gente aprender cada vez mais e que estimula os alunos a pesquisarem, porque nem tudo está dito aqui”, lembra a curadora do projeto. 

Heloisa Costa, pesquisadora, museóloga e historiadora e curador do projeto da Estação Ciência

DESCENTRALIZAÇÃO CULTURAL

A implantação do Centro Cultural SESI Casa Branca foi coordenada pela gerente Maria Angélica Ribeiro, que, por mais de 20 anos, esteve à frente de outro ícone cultural de Salvador, o centro Cultural SESI Rio Vermelho. Na avaliação dela, Salvador ganha com esta iniciativa do SESI que propõe uma descentralização de espaços culturais de Salvador, para além do Rio Vermelho e Campo Grande.

“O centro cultural tem importância fundamental e leva para a Cidade Baixa, uma região carente de espaços como este, um equipamento que oferece não apenas espaços de qualidade, como também um equipamento voltado para a ciência”, reforça. Maria Angélica acredita que a Estação Ciência vai agradar a pessoas de qualquer idade. “Este é um presente que o SESI está dando para a Bahia, dotado de tecnologias avançadas e com experiências interativas com o que há de mais novo nesta área no Brasil”, destaca.

SÍTIO ARQUITETÔNICO

Localizado na Península de Itapagipe, o espaço cultural ocupa a área de entorno do Solar Machado, pérola arquitetônica do Caminho de Areia do início do século 20, e faz parte do complexo de educação e esportes do Serviço Social da Indústria, SESI Bahia, onde funcionam a Escola SESI Comendador Bernardo Martins Catharino e o Centro de Esportes do SESI Itapagipe.

O Solar Machado – que pertenceu à família do industrial português Manuel Machado e mais tarde viria se unir à família Martins Catharino – passou a abrigar o SESI, a partir dos anos 1970, quando foi alugado para instalação de um Centro de Artesanato.

Jessé Lessa tem 16 anos, é aluno da Escola SESI e iniciou o aprendizado de música na Orquestra Jovem SESI. Hoje integra o Neojibá

O primeiro andar do Solar Machado foi totalmente requalificado para ser a sede oficial da Orquestra SESI Jovem, onde o estudante Jessé Lessa, de 16 anos (ver vídeo acima) deu os primeiros passos nos estudos de música. Jessé é aluno da Escola SESI Comendador Bernardo Martins Catharino desde o ensino fundamental e aos 7 anos passou a integrar a Orquestra Jovem SESI, que foi a ponte que ele precisava para se desenvolver como violinista. Ele hoje atua como músico da Orquestra Castro Alves do Neojibá.


ESTAÇÃO CIÊNCIA – VISITA VIRTUAL

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