Marcas baianas negociam vendas para o mercado europeu
Parcerias comerciais são resultado de encontros realizados em Portugal e na França
Representantes de marcas baianas do setor de alimentos estão estreitando laços com potenciais compradores europeus. As negociações foram possíveis graças à divulgação de produtos baianos em feiras do setor de alimentos e bebidas realizadas em Portugal e na França. No total, 18 representantes de empresas viajaram para a Europa em duas missões internacionais que integram as ações do Projeto Origem Bahia, uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), através do Centro Internacional de Negócios, e o Sebrae-BA.
A empresária Priscila Santos, da Edolce Bakery, participou pela primeira vez da iniciativa, com foco em prospecção de novos mercados. Atuando no mercado de alimentos sem glúten, sem lactose e sem açúcar, ela levou para o Salon du Chocolat, em Paris, um waffle de chocolate produzido com insumos brasileiros como leite de castanha de caju, farinha de coco e óleo de coco. “Conseguimos prospectar potenciais clientes e estamos adaptando nossos produtos para o mercado suíço”, comemora.
Além de apresentar seu produto em um showroom coletivo, Priscila também participou de outras ações da missão empresarial, como a aula prática em uma escola de chocolateria francesa e um evento exclusivo na Embaixada do Brasil em Paris. “Participar da feira foi um presente. É de extrema importância, estimula o empresário a olhar para o mercado externo e buscar novos públicos para produtos feitos com insumos brasileiros”, destaca.
Já em Portugal, entre os produtos apresentados no showroom coletivo Origem Bahia no WOW – Quarteirão Cultural da cidade do Porto estavam os chocolates da Luzz Cacau. Além de comercializar todos os produtos que expôs na feira, a empresária Josiane Santana teve encontros de negócios com compradores europeus. Um deles já agendou visita para conhecer a empresa, que produz chocolates a partir do cacau fino plantado pelo pai de Josiane, no município de Iguaí, no centro-sul da Bahia.
“Agora estamos reforçando o contato e avançando nas conversas que começamos na feira em Portugal”, comenta a empresária, que já planeja participar da missão empresarial em 2024. “Para quem está começando a buscar mercados externos o apoio de instituições como o CIN/FIEB e Apex Brasil faz muita diferença”, pontua.
Quem marcou presença dos dois eventos internacionais foi a empresária Juliana Aquino, que levou os produtos da Baianí Chocolates, feitos com cacau produzido no município de Arataca, situado ao sul de Ilhéus. A marca, que já exporta chocolates para os Estados Unidos, Suíça e Itália, está avançando nas tratativas para que os produtos sejam representados e exportados para Portugal. Com a experiência de outras missões empresariais, Juliana explica que, nessas iniciativas, a programação inclui, além de contatos comerciais, ações como visitas técnicas. “A gente esteve em uma fábrica, em Portugal, que foi enriquecedora. Nessas visitas sempre percebemos aspectos que podemos adaptar para nossas fábricas”, conta.
