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22 de abril de 2024

Industriais baianos conhecem a Nova Política Industrial do governo federal

FIEB Indústria

Os termos da proposta do MDIC foram detalhados pelo secretário do órgão Uallace Moreira

Plano Nova Indústria Brasil foi apresentado na FIEB Foto: Wilson Sabadin/Coperphoto/Sistema FIEB

O secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, fez uma apresentação, nesta segunda-feira, 22.04, em Salvador sobre a Nova Indústria Brasil. Ao lado do presidente Carlos Henrique Passos e dos secretários Angelo Almeida (SDE) e Davidson Magalhães (Setre), ele falou a uma plateia de empresários, atendendo a convite da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para apresentar as linhas gerais da política do governo federal para alavancar o setor industrial.

A palestra de Uallace Moreira foi precedida de uma reunião em que se discutiu políticas nacionais e estaduais para o setor de gás natural. A reunião contou com a participação de representantes de setores da indústria mais severamente penalizados pelo custo elevado do gás natural na Bahia, dos secretários estaduais Angelo Almeida e Davidson Magalhães, além do diretor presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, representando a Secretaria de Infraestrutura e o superintendente da Secretaria de Planejamento, Ranieri Muricy Barreto.

Juntamente com representantes da diretoria e da superintendência da FIEB, a proposta da reunião foi discutir a necessidade de se criar condições de competitividade para setores importantes da economia baiana, como as indústrias Química e Petroquímica, a partir da redução do preço do gás natural.

O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos explicou que a reunião foi resultado de um trabalho que envolveu vários atores, coo FIEB, Cimatec e indústrias, como a Braskem e a Unigel, no sentido de se buscar uma solução para a questão do gás na Bahia. Ele se disse esperançoso de um futuro melhor em relação à questão do gás natural.

Passos destacou também a importância da presença do secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na Bahia e a relevância do trabalho que o vice-presidente Geraldo Alckmin vem realizando à frente do MDIC para assegurar a retomada do crescimento da indústria nacional. “O secretário nos traz informações para nos ajudar a compreender melhor o sentido desta nova política industrial”, declarou, acrescentando que na última sexta-feira, a FIEB também teve a oportunidade de conhecer de perto as propostas do BNDES na retomada do seu papel de agente financiador voltado para a indústria e a inovação.

DESAFIOS

Uallace Moreira iniciou sua apresentação destacando o desafio que está posto para alavancar a retomada do crescimento industrial do país. “A gente enfrenta um momento muito peculiar na economia mundial, em que condições de competitividade são díspares, quando se considera todo o processo de desindustrialização que a economia brasileira passou e pelo desmonte das políticas públicas”, ressaltou.

O secretário fez uma apresentação do plano de neoindustrialização do governo federal, focado em duas dimensões: a inovação e a sustentabilidade. Ele lembrou que organizações como FMI, OCDE têm publicado estudos reconhecendo o papel estratégico que as políticas industriais passaram a ter em todo o mundo e ponderou que muitas delas trazem medidas que são muito criticadas no Brasil.

Na avaliação do secretário Uallace Moreira, “só é possível explorar novas oportunidades se houver capacidades internas construídas, que permitam internalizar e absorver conhecimentos e transferir tecnologia, fazendo inovação”. Neste sentido, ele aponta a transição energética como uma das maiores oportunidades que o Brasil tem e alertou para a necessidade de se estabelecer em paralelo as cadeiras produtivas para agregar valor a este processo.

O entendimento é de que retomar o protagonismo da indústria no Brasil é utilizá-la como um vetor de desenvolvimento econômico para gerar distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida da população.

Na Nova Indústria Brasil a proposta é trabalhar com missões vinculadas ao Novo PAC e a programa de Transformação Ecológica. A proposta de governança envolve o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que foi recomposto no atual governo com a participação dos ministérios e da sociedade civil.

O CNDI deverá atuar nesta Nova Política Industrial com seis missões, consideradas as metodologias mais avançada para a implementação das ações. A ideia é fortalecer cadeias produtivas que geram emprego e renda, o complexo industrial na área da saúde, a infraestrutura, a inovação e a descarbonização e tecnologias de interesse nacional.

PRINCIPAIS MISSÕES DO CNDI  

Missão 1: Cadeias Agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética

Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir vulnerabilidade do SUS e ampliar o acesso à saúde

Missão 3: Infraestrutura, saneamento e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades

Missão 4: Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade 

Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras

Missão 6: Tecnologias de interesse para a soberania nacional

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