“HPPC importa apenas 4,5% de insumos para sua produção”, diz presidente da ABIHPEC
Convidado da ExpoTech, o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), João Carlos Basílio, falou para os participantes da Feira no primeiro dia de evento (24). Ele trouxe alguns números do setor, falou sobre desafios e novidades para HPPC.
De acordo com Basílio, a indústria brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) tem uma das cadeias mais estruturadas do país, importando apenas 4,5% dos seus insumos. “Uma indústria é considerada saudável quando precisa comprar até 5% de materiais para produzir. Estamos abaixo desta porcentagem”, explica o executivo.
Ele se mostrou otimista quanto ao desempenho do setor em 2023, caso a economia continue no mesmo rumo do primeiro semestre do ano. “Se o país seguir da forma como foram esses últimos seis meses, com controle da inflação, nossa perspectiva é terminar 2023 voltando a ser o 3º maior mercado consumidor de HPPC do mundo, superando o Japão”, acredita.
Se a expectativa se confirmar, o Brasil também poderá ocupar os seguintes lugares no “pódio” dos seguintes mercados consumidores: 2º em Fragrâncias, produtos masculinos de desodorantes, 3º em Produtos infantis, protetores solares e higiene oral, 4º em Produtos para o cabelo e produtos para banho, 6º em Maquiagem, 8º em Cuidados com a pele e 10º em Depilatórios.
De acordo com dados da ABIHPEC, o Brasil tem 3.414 empresas capacitadas pela ANVISA a produzir produtos HPPC e o estado da Bahia tem 102 empresas produzindo. O setor gerou mais de 5.6 milhões de oportunidades de trabalho entre 2021 e 2022, o que representa um crescimento de 5% em relação ao período anterior (2020-2021), mesmo ainda sentindo os reflexos da pandemia.
Basílio opinou sobre a Reforma Tributária, que considera um avanço no mapa dos tributos no Brasil. “A Babilônia Tributária será simplificada. Apesar da grita de alguns setores, nossa visão é de que a Reforma será extremamente benéfica e positiva para o Brasil. Quando o Plano Real foi lançado, também choveram críticas e hoje esse mesmo Plano é considerado um sucesso”, afirmou.
Ele também anunciou novidades. Até o fim do ano, prevê, será aprovado pelas autoridades sanitárias o Fracionamento Personalizado, uma modalidade de venda dos produtos HPPC que vai possibilitar a customização na comercialização em pontos comerciais. “O cliente vai poder customizar na loja, de acordo com a sua necessidade, o produto que ele deseja. Também poderá reutilizar frascos, pagando apenas pelo produto. Isso vai gerar uma série de complexidades, vai exigir regras, mas abrirá novas possibilidades na estratégia das marcas”, garante.
