CNI e FIEB realizam webinar sobre custos reais na tomada do crédito
Com o tema “Capital próprio ou capital de terceiros: custos reais na tomada de crédito” a Confederação Nacional da Indústria CNI), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) realizaram webinar, transmitido pelo YouTube da CNI. A iniciativa foi do Conselho FIEB Jovem e do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), com o objetivo de auxiliar o empresário na tomada de decisão quanto à utilização de crédito próprio ou de terceiros.
O evento contou com a presença do gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra, e das especialistas em financiamento e investimento, Maria Aparecida Bogado e Sérgio Ricardo Nazaré, com mediação da gestora do NAC/FIEB, Ana Paula Almeida.
Fábio Guerra destacou a importância do acesso a informações claras, especialmente diante das altas taxas de juros praticadas atualmente no mercado. “Sabemos que crédito e financiamento são elementos chave para o desenvolvimento das empresas. Então é importante que essa decisão seja tomada com o maior número de elementos possíveis para que seja mais eficiente”, alertou.
Ana Paula Almeida lembrou que o tema é uma dúvida recorrente entre os empresários atendidos pelo Núcleo de Acesso ao Crédito. “O objetivo é desmistificar alguns pontos relacionados aos custos gerais na tomada do crédito, esclarecer e abrir um pouco a mente do empresário para a tomada de decisões corretas”.
A especialista em Financiamento e Investimento, Maria Aparecida Bogado, falou sobre o conceito de investimento, a importância de a empresa saber identificar oportunidades e ter um projeto bem definido ao buscar capital de terceiros. “No projeto, é preciso buscar informações que sinalizem a taxa de sucesso de retorno do investimento. Inclui ainda informações quantitativas, como as econômicas-financeiras, e qualitativas, que contemplem os fatores jurídicos, administrativos, tributários, e de mercado. Essas informações vão sinalizar se o empresário poderá apostar ou não no projeto”.
Para Sergio Ricardo Nazaré, doutor em Ciências Contábeis, o empresário, “diante da oportunidade de investir em um novo negócio, deve olhar para a situação de risco que ele tem hoje com o novo risco que ele vai enfrentar”. Segundo ele, as empresas se endividam para aproveitar as oportunidades de capitação mais baratas sem levar em conta o retorno do investimento e ações para melhorar a rentabilidade e retorno dos acionistas. E lembra: “quanto mais ele aumenta o volume de dívidas no balanço do projeto, mais arriscado ele é”.
Os palestrantes ainda falaram sobre como calcular o CET da operação, o que a empresa deve levar em conta ao decidir investir recursos próprios, inserir novos sócios ou adquirir recursos de terceiros