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19 de abril de 2023

BA: Exportações crescem e impulsionam pequenas empresas

CIN Comércio Exterior Qualificação

Os produtos industrializados representaram 66% dos quase 14 bilhões de dólares exportados pela Bahia em 2022, melhor resultado anual do comércio exterior baiano desde 1997, de acordo com o Comex Stat*. Boa parte do que foi vendido a outros países – óleo combustível, celulose em pasta, entre outros – corresponde à grande indústria. Mas pequenos produtores também contribuíram com esses números e vem buscando mais espaço em mercados externos.

A Tabuleiro da Chef, da chefe de cozinha Tereza Paim, está levando, desde outubro do ano passado, farofas, dendê e pimenta para a França, Portugal e Reino Unido. Para isso, a empresa contou com o apoio do Centro Internacional de Negócios da FIEB (CIN). “O CIN nos mostrou o caminho das pedras”, conta Tereza Paim.

>> A chef Tereza Paim conta como tem comercializado farofa, pimentas e dendê para outros países. Assista o depoimento dela ao lado.

Já Noêmia Daltro, da Fio Restore, que há 15 anos comercializa seus produtos cosméticos para cabelos – produzidos em Lauro de Freitas – para a Europa, se prepara para vender também para Dubai, nos Emirados Árabes. “Cada mercado tem suas exigências e, para as empresas de pequeno porte, os desafios são muito maiores, mas com informação e suporte, aos poucos, a gente consegue”, afirma Noêmia.

Com uma história de 12 anos, a Alluny, de Itabela, no extremo sul da Bahia, que vende produtos cosméticos para salões de beleza, também almeja levar sua linha capilar para o mercado europeu e para a África do Sul. “Estamos buscando nos adequar, principalmente nas questões ligadas à legislação, e acreditamos que, até o fim deste ano, vamos concretizar nossa primeira venda”, prevê o empresário José Erivelton Souza.

Outra baiana que está em processo de transformação para levar um produto genuinamente local para fora é Danielle Salles. Em breve, seus acarajés e abarás congelados poderão ser os primeiros a ser vendidos no Canadá. Para isso, a empresária está investindo numa consultoria a fim de ampliar a durabilidade dos quitutes. “Para ser exportado, um alimento congelado precisa ter validade de, no mínimo, oito meses. Já os meus duram quatro meses no freezer”, explica.

Assim como Tereza, Noêmia e José Erivelton, Danielle também vem contando com o apoio do CIN e do Sebrae Bahia, que oferecem capacitações e consultorias relacionadas à legislação, rótulos e embalagem, além de documentação, entre outras questões, para que o empresariado alcance mercados de outros países. Ela conta que, neste processo de buscar um caminho para o Canadá, também encontrou “rotas” dentro do país. “Participando de feiras e eventos promovidos pela instituição, mostrei meus produtos e fiz muitos contatos. Por conta disso, já negócio com Rio e São Paulo”, revela.

<<< Veja ao lado o depoimento da empresária Danielle Salles sobre o processo de internacionalização dos seus produtos

A COOPERCABRUCA negociou, no ultimo dia 31 de março, a sua segunda venda para consumidores suíços. Segundo o presidente da cooperativa, Orlantildes Pereira, foram 414kg de liquor de cacau. “Não exatamente pelo volume, mas pelo simbolismo da exportação da massa de cacau praticamente pronta para ser comercializada como chocolate fino, de excelente qualidade, em um país que produz um dos melhores chocolates do mundo, nos sentimos muito orgulhosos. Estamos negociando remessas regulares e em volumes maiores”, revela. (*Informações da TV Cacau)

A COOPERCABRUCA tem como meta ampliar a exportação e conta com o apoio e parceria de instituições como a FIEB e o Sebrae Bahia que, com conteúdo e monitores de excelência, têm realizado mentorias e treinamento de pessoal.

CIN – O Centro Internacional de Negócios (CIN-BA) atua como prestador de serviços, assessorando os processos da inserção competitiva internacional da indústria baiana, inclusive micro, pequenas e médias empresas, com foco no aumento da produtividade e a diversificação dos mercados nos quais atuam.

O CIN BA integra a Rede CIN (Centros Internacionais de Negócios), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de atuar em parceria com diversas entidades nacionais e internacionais.

>>> Para saber mais dos serviços do CIN

<<< Diego Lemos, da Lemavos, conta como é fazer parte do Projeto Origem Bahia, que está ajudando a vender seus licores para fora do país.

<<< Caio Arruda, um dos proprietários da Clara Arruda Moda, conta como o apoio do CIN está ajudando a empresa a levar a moda criada no interior da Bahia para a Suíça e Espanha.

*Comex Stat é um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro extraídos do SISCOMEX e baseados na declaração dos exportadores e importadores.

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