Alunas de escolas públicas desenvolvem projeto científico na Escola SESI
Iniciativa faz parte do Programa Futuras Cientistas, que tem como objetivo estimular a participação de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Estudantes estão desenvolvendo pesquisas na área de biotecnologia.
Foto: Gilberto Júnior / Coperphoto / Sistema FIEB.
Programação de férias: pesquisa científica. Essa é a realidade que três estudantes de escolas públicas baianas estão vivenciando na Escola SESI Djalma Pessoa (Piatã), através do Programa Futuras Cientistas, uma iniciativa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é estimular a participação de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Diane Beatriz Amâncio de Queiroz, Bianca Conceição Cruz e Maísa Silva de Jesus estão participando de uma imersão científica e vão realizar pesquisas na área de ciências da natureza, no tema Microalgas e Biotecnologia: como desenvolver soluções sustentáveis capazes de beneficiar o meio ambiente.
“A proposta é que elas tenham essa experiência em uma área da ciência que tem se destacado. A biotecnologia vem crescendo no Brasil e no mundo e, por integrar tecnologia com recursos naturais, tem se mostrado eficiente no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis em áreas como saúde, alimentação, cosméticos e farmácia”, destaca o gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, Fernando Moutinho.
Esta é primeira vez que as jovens entram em um laboratório e têm contato com a pesquisa científica. No ano em que vai terminar o ensino médio, Diane Queiroz, 16 anos, viu na experiência a oportunidade de conhecer de perto a área em que pretende atuar. “Penso em trabalhar com pesquisa na área de ciências da natureza, talvez biologia. Por isso, ver a microalga no microscópio e entender o que é possível fazer a partir dela, a inovação que pode proporcionar, tem sido incrível”, conta.
Além das atividades práticas em laboratório, as estudantes também participam de discussões sobre Mulheres na Ciência, que abordam a atuação das mulheres cientistas no Brasil e no mundo. “Pudemos conhecer várias cientistas e as dificuldades que elas enfrentaram para seguir na ciência. Ver esses exemplos foi inspirador”, conta Bianca Cruz, de 16 anos.
Para Maísa de Jesus, que gosta de ciências, participar do programa tem sido uma experiência única. “Tem sido muito enriquecedor e acredito que vai abrir portas para mim”, diz a estudante, que pensa em atuar na área de Ciência da Computação.
A imersão científica das jovens vai até o final de janeiro. Ao longo do mês elas vão desenvolver um projeto, cuja apresentação se dará durante congresso online, que vai reunir todas as participantes no encerramento desta edição do Programa Futuras Cientistas.
O programa é realizado em todo país e a Escola SESI Djalma Pessoa é a única escola de ensino privado do país a participar da iniciativa. “Ao disponibilizar seu laboratório e corpo técnico para que estudantes e professoras de escolas públicas possam vivenciar a ciência de forma prática, o SESI reforça seu propósito de transformar vidas através da educação”, ressalta Moutinho.
Iniciação científica
O estímulo à pesquisa científica é um diferencial do ensino das escolas da Rede SESI Bahia de Educação, que busca incentivar a vocação científica e despertar os potenciais talentos de estudantes pesquisadores. Aproximadamente mil estudantes de escolas da capital e interior estão inscritos no programa de Iniciação Científica da Rede SESI Bahia de Educação. Deste total, 55% são meninas. Atualmente, estão em atividade 74 grupos de pesquisa, que contemplam as quatro áreas do conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, engenharia e matemática.