Torneio SESI de Robótica tem programação aberta ao público
Além da competição de robôs, visitantes podem participar da programação paralela que inclui oficinas de robótica sustentável, luderia com jogos de tabuleiro e espaço com food truck
Foi aberto nesta sexta-feira, 10.02, o Torneio SESI de Robótica First Lego League (FLL), que reúne em Salvador mais de 400 participantes, na Escola SESI Djalma Pessoa, no bairro de Piatã. A programação, que é a primeira do pós-pandemia aberta ao público, é uma oportunidade de lazer para as famílias terem um momento especial de diversão e contato com a tecnologia e inovação de forma lúdica
Neste sábado, a programação começa às 9h e, além de poder acompanhar as provas de robôs das 26 equipes que disputam vagas para o torneio nacional, os visitantes poderão participar de oficinas e experimentar uma diversidade de jogos de tabuleiro na Oficina São Jogue, que integra o evento.
A programação ao público está concentrada no período da manhã, já que à tarde será dedicada ao anúncio oficial do resultado da competição e definição das equipes que vão participar do Festival Nacional de Robótica, realizado pelo SESI Nacional, em Brasília, em março.
EXPERIÊNCIAS
Para quem está participando pela primeira vez do evento como competidor, a experiência vai deixar boas lembranças. Pelo menos é o que acha Lucas Freire de Souza, 10 anos, aluno do 5º ano, do Colégio Salesiano Dom Bosco, que está participando pela primeira vez do Torneio SESI FLL. “Sempre quis participar do Torneio. Eu gosto da robótica e sempre quis participar de um evento como esse”, conta o estudante que gosta de robótica e com a equipe do colégio desenvolveu um interruptor inteligente que desliga com uso de sensores.
Lucas foi ao evento acompanhado dos colegas e também levou os avós para conhecerem a programação. A avó Maria do Socorro Cavalcanti de Souza contou que Lucas é muito interessado por tecnologia e conta com o estímulo da família para participar da robótica. “Ele gosta demais de robótica e os pais estimulam muito ele. Oxalá mais crianças pudessem ter acesso a uma experiência como esta”, complementou.
Nicole Silva, 13 anos, aluna da Escola SESI Comendador Bernardo Martins Catharino, em Itapagipe, também está participando pela primeira vez do FLL. Para ela, o evento tem uma “energia surreal e mostra que a robótica é pra todo mundo e todos podem se divertir”. Para ela, a robótica tem ajudado no seu desempenho na escola. “Melhorei muito no aprendizado da tecnologia e evoluí no trabalho em equipe”, explica.
A equipe de Nicole, a Chronos, foi responsável pelo desenvolvimento de uma solução tecnológica, o Caisus – 10, que tem como proposta oferecer uma solução móvel para carregamento de celular, utilizando energia solar ou mecânica, gerada pelo acionamento do pedalar de uma bicicleta (veja vídeo acima). Desenvolver projetos de pesquisa faz parte da competição de robótica, que visa não apenas desenvolver as habilidades tecnológicas como também estimular os estudantes a buscarem soluções para a vida cotidiana. Este ano, o tema é Super Powered que buscou estimular o desenvolvimento de soluções sobre a origem da energia e como ela é distribuída, armazenada e usada.
OFICINAS
No primeiro dia do Torneio de Robótica, o SESI acolheu duas turmas de estudantes de escola pública estadual, que participaram de uma oficina de iniciação à robótica, iniciativa realizada pela Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Pela manhã, alunos do Colégio Estadual Raul Sá, do bairro de Mussurunga, participaram do projeto. São alunos do Clube de Ciência da escola e que têm como papel disseminar o interesse pela ciência e tecnologia entre os colegas.
Para a estudante Sara Oliveira da Silva, foi interessante participar da oficina e poder conhecer melhor o universo da robótica. “Por fazer parte do Clube de Ciência da escola, nosso papel é compartilhar os conhecimentos novos que adquirimos. Vamos agora levar todo este aprendizado novo para nossos colegas. Por sermos da periferia, muitas vezes a gente não acredita na gente, mas estar aqui mostra que podemos sim ser cientistas, engenheiros e muito mais. Vamos levar esta mensagem aos nossos colegas”, destacou Sara, o final da experiência.