Presidente da FIEB defende o papel do BNDES no fomento da nova indústria brasileira
Ricardo Alban se reuniu com o futuro gestor do BNDES e elencou as reivindicações da indústria para a retomada do crescimento
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, e o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI Cimatec, Leone Peter, se reuniram com o futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, esta semana, em Brasília.
No encontro, eles defenderam a importância do BNDES no apoio à reindustrialização do país em bases mais avançadas, incluindo os processos de descarbonização, eficiência produtiva e energética, com vista à construção de uma indústria contemporânea e competitiva em nível internacional.
Para Ricardo Alban, o BNDES tem um papel estratégico no fomento de uma nova indústria brasileira e para assegurar a retomada do crescimento do setor industrial ancorada no desenvolvimento de tecnologias alternativas.
“É de extrema importância iniciar este diálogo desde já, tendo em vista que a indústria precisa reverter o processo de desindustrialização que vem avançando nas últimas décadas. E nós da FIEB estamos convencidos de que isso não será possível sem o apoio das instituições de fomento como o BNDES e sem lançar mão de novos ativos e tecnologias avançadas e inovadoras”.
Ricardo Alban considerou positivo o encontro e pontuou a receptividade de Mercadante às propostas apresentadas pela FIEB e que serão objeto do documento Nova Indústria Brasileira, que será encaminhado o futuro gestor do BNDES, detalhando as proposições.
Dentre os temas abordados, a participação do BNDES em programas de captação internacional de créditos de carbono, por exemplo, alavancando operações de financiamento do setor produtivo no mercado interno.
A implementação do projeto “Brasil Mais Produtivo”, com foco nas micro, pequenas e médias indústrias, também foi tema da reunião. A FIEB defende a implementação de um amplo programa de capacitação técnica do SENAI para aumentar a eficiência produtiva destas empresas de menor porte, aliada a um trabalho de encadeamento junto a empresas de grande porte que atuariam como empresas-âncoras. Para viabilizar esta proposta foi pontuada a necessidade do direcionamento de linhas de financiamento do BNDES.
O presidente Alban lembrou também a Mercadante o papel decisivo do BNDES no financiamento do Sistema S, com destaque para o SENAI, e no suporte a ações de inovação e tecnologia que favorecem a modernização e o desenvolvimento das empresas industriais brasileiras.
Aloizio Mercadante informou que algumas das propostas já vêm sendo avaliadas e devem ser implementadas em sua gestão. “A convergência de ideias e o apoio ao posicionamento da FIEB, manifestado pelo futuro presidente do BNDES, trazem otimismo sobre a implantação de uma nova política produtiva para o país nos próximos anos, tendo o banco como elemento fundamental nesse processo”, complementou Alban.