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7 de fevereiro de 2025

Presidente da CNI discute, na FIEB, desafios do setor de energias renováveis em nível nacional

Comitês Temáticos Energias Renováveis FIEB Meio Ambiente
Presidente da CNI, Ricardo Alban, ao lado do presidente da FIEB (ao microfone), participou da reunião com atores do setor de renováveis. Foto: Divulgação.

O Comitê de Energias Renováveis da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) promoveu, nesta quinta-feira (6), uma reunião que contou com representantes de mais de 20 empresas do setor, além do presidente da CNI, Ricardo Alban, e o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, para discutir os principais desafios enfrentados em nível nacional pelos empreendimentos de energias renováveis e estratégias de atração de novos investidores.

Entre os principais pontos apresentados estão a necessidade de desenvolver soluções para lidar com a variabilidade da geração de energia e garantir a estabilidade do fornecimento, a escassez e saturação das linhas de transmissão, a necessidade de investimentos para atender à crescente demanda pelo recurso e a importância de um ambiente regulatório estável que garanta, não só a implantação, como a sustentabilidade dos empreendimentos.

Reunião aconteceu no Espaço da Indústria, da FIEB.

Rafael Valverde, diretor executivo da Sowitec, destacou que as mudanças climáticas estão afetando o consumo, a demanda e os custos da energia, pois as ondas de calor extremo e os períodos de seca estão fazendo com que a população utilize mais o recurso, que está ficando mais caro. No entanto, os problemas de conexão e transmissão – 15% das obras de construção de 44 novas linhas estão com atraso de cerca de um ano – impactam diretamente na resolução dessas questões. “Esta situação afeta, por exemplo, a implantação das plantas de hidrogênio que estão sendo construídas. Sem transmissão, elas não poderão funcionar e, como consequência, a opção é muitas vezes utilizar outras fontes de energia, não necessariamente renováveis, a exemplo da termelétrica. Os problemas também vão acabar afetando o custo da energia para a indústria, que vai subir”, apontou.

“Hoje, de fato, o problema não está tanto na geração, está sobrando energia, mas temos a questão da utilização das fontes de energia intermitente, do aproveitamento e garantia de transmissão. Um aproveitamento, por exemplo, poderia ser na implantação de data centers. Com a expansão da IA, o país vai precisar deste investimento”, avaliou Ricardo Alban, presidente da CNI.

Carlos Henrique Passos, presidente da FIEB, ressaltou a importância de buscar soluções até para que a Bahia possa se posicionar como protagonista na transição energética, aproveitando seu potencial. Em âmbito estadual, o superintendente da Superintendência de Atração de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico-SDE, Luciano Giudice, citou a Política e o Programa Estadual de Transição Energética (Protener), de autoria do Poder Executivo e que deve ser sancionada em breve pelo governador Jerônimo Rodrigues. “O governo reconhece que as demandas são grandes, nem todas são possíveis de realizar, mas o tema é discutido diariamente na Secretaria, que trabalhar para fazer o potencial do estado se transformar em realidade”, afirmou.

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