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12 de setembro de 2024

POSICIONAMENTO: Política monetária não pode retroceder

Economia FIEB Posicionamento Selic

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) alerta sobre o risco expressivo que o aumento da taxa de juros no Brasil pode representar para o desenvolvimento econômico do país.
Com uma das taxas de juros reais mais elevadas no cenário mundial, da ordem de 6,5%, o país vem penalizando os setores produtivos, que enfrentam diversos obstáculos para assegurar a sua produção em níveis competitivos.
Esta realidade afeta, em especial, a indústria, onde cadeias produtivas mais longas sofrem com o acúmulo de custos financeiros ao longo das etapas produtivas.
No cenário atual – inflação sob controle, crescimento econômico acima da expectativa oficial e desemprego em baixa –, optar por um ciclo de aperto monetário tem elevado custo para a atividade econômica nacional.
Com a tendência global de redução da taxa de juros, o Brasil corre o risco de se distanciar ainda mais do cenário internacional se mantiver a Selic nos patamares atuais.
A política monetária conservadora adotada, que mescla uma taxa Selic (10,5%) excessiva para as condições inflacionárias internas e um dos spreads bancários mais altos do mundo (27,4%), coloca o país em uma posição desfavorável na competitividade global e penaliza o crescimento econômico.
Nesse sentido, a FIEB avalia como danoso o aumento da Selic, hipótese que vem sendo ventilada por analistas para a reunião do Copom, prevista para a próxima semana.
A retomada do processo de flexibilização da política monetária é importante para que o país volte a crescer, ampliando investimentos, gerando mais empregos e aumentando a renda, áreas fortemente impactadas nos últimos anos. Novos cortes na taxa de juros, respeitando a estabilidade inflacionária, são desejáveis e imprescindíveis para consolidar a retomada do crescimento econômico.

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