MCTI e CNI realizam capacitação sobre inventários de emissões de gases de efeito estufa
Nesta quinta-feira (9), a FIEB recebeu representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para debater a importância dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para as indústrias.
No evento também foi realizada capacitação sobre a plataforma SIRENE Organizacionais, o módulo corporativo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), que vai receber os inventários das empresas. Inventários são ferramentas importantes para que as organizações conheçam o perfil de emissões, e a partir disso, elaborar metas climáticas, que contribuam com o compromisso global de descarbonização global.
O coordenador geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, explicou queesses dados comunicados por meio da plataforma vão contribuir para monitoramento das emissões e implementação de políticas climáticas, notadamente o Plano Nacional do Clima, uma estratégia geral de mitigação e adaptação às alterações climáticas, que está em desenvolvimento pelo governo federal.
“A questão climática deixou de ser uma agenda de futuro. Os eventos estão acontecendo, já estamos vivenciando o risco de escassez hídrica, que naturalmente pode representar escassez energética, o que afeta populações e as produções industriais”, alertou.
A analista de Políticas e Indústria da CNI, Rafaela Freitas, enfatizou que o mercado tem demandado cada vez mais informações sobre as emissões de GEE, mostrando que a crise climática não é mais uma agenda ambiental, e sim de competitividade. “O tema permeia a estratégia e a política, sinalizando a importância dos dados, que vão balizar as discussões e movimentos. E a indústria tem um grande potencial de contribuição, além do que já fazemos”, afirmou.
Para o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, eventos como este trazem condições do setor industrial melhorar ainda mais sua contribuição ao meio ambiente. “Desde o início do ano, sofremos diversas ocorrências, fenômenos climáticos, e isso traz pra nós uma grande responsabilidade. Temos buscado trazer a indústria para ações de contribuição, apesar do reconhecimento de que o setor é um dos que mais faz, principalmente a indústria formal”, pontuou.
