Lideranças femininas da indústria realizam encontro na FIEB
Encontro marcou celebrações do Dia Internacional da Mulher na instituição
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a FIEB realizou, nesta terça-feira (dia 8 de março), o evento Mulheres que inspiram. No encontro, que aconteceu no auditório da Sede, em Salvador, empresárias de diversos segmentos industriais compartilharam suas experiências profissionais.
O encontro foi iniciado com uma palestra da empresária e diretora da FIEB, Arlene Vilpert, que falou sobre inspiração e propósito para as mulheres. Em seguida, Débora Lehnen, sócia-proprietária da Proa Cervejaria, Nayana Pedreira, sócia-proprietária da Acqua Aroma, Edza Brasil, diretora na Singular Pharma Manipulação e Mouana Sioufi, gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social na Bracell e a gerente de Pessoas, Planejamento e Orçamento da FIEB, Larissa Saraiva, falaram sobre suas trajetórias.
“Minha mãe era analfabeta, mas quis aprender a assinar seu nome, porque queria votar. Ela me ensinou que o melhor que podemos fazer por nós é investir em conhecimento. Na minha caminhada, tive sócios, trabalhei com vários homens, mas via que eles não me davam o espaço que eu queria. Então, corri atrás e abri meu negócio”, contou Ezda Brasil.
Algumas das convidadas relataram dificuldades para crescer na indústria, um universo profissional ainda majoritariamente masculino. “Vivi situações de discriminação e tentativas de rebaixamento, descaso. Minha mensagem para as mulheres aqui presentes é: não deixem que ninguém diga onde vocês devem estar”, disse Mouana Sioufi.
“Mesmo tendo conhecimento, me especializado na área, ainda tenho que estar sempre provando minha experiência para algum homem”, afirmou a empresária gaúcha Débora Lehnen, da Proa Cervejaria.
Presente ao evento, o presidente da FIEB, Ricardo Alban, ressaltou a importância da presença feminina na organização, lembrando que 52% da força de trabalho do Sistema é composta por mulheres, sendo que 48% dos cargos de liderança são ocupados por elas. “Fico feliz de a gente poder dizer isso, mas sabemos que os ambientes de trabalho precisam ser cada vez menos preconceituosos”, afirmou.