Lideranças discutem futuro durante I Encontro Baiano do Jovem Industrial
A Bahia antevê a abertura de uma grande janela de oportunidades com a crescente demanda mundial por energias renováveis, mas precisa se preparar para esta transformação e, neste caminho, tem dois grandes desafios: Carência de infraestrutura e capital humano. Para discutir este e outros assuntos o Conselho FIEB Jovem, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, e o Sebrae realizaram nesta terça-feira (12), o I Encontro Baiano do Jovem Industrial.
Com o objetivo contribuir para a formação de jovens líderes baianos e estimular o empreendedorismo, associativismo e inovação na indústria do estado, o evento debateu desafios e oportunidades para empresas de todos os portes, a nova realidade imposta pela IA, a importância dos sindicatos industriais para o fortalecimento das pautas do setor produtivo, Reforma Tributária e liderança.
“Nossa Indústria de Transformação é a sétima do país e tem tudo para subir de posição. Somos a maior indústria, o maior exportador e o maior empregador do Nordeste. Mas, a Bahia precisa se preparar para um novo momento, passando necessariamente por investimentos em infraestrutura e capital humano”, enfatizou o superintendente executivo da FIEB, Vladson Menezes, durante a palestra Desafios da Indústria baiana para competitividade.
Neste contexto, a vice-presidente da FIEB, Renata Muller falou sobre a importância das novas gerações para a indústria do estado. “A Federação precisa dos seus jovens e os quer por perto hoje e sempre”, convocou. Já o diretor superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, afirmou que as jovens lideranças da indústria precisam estar sintonizadas com o que está acontecendo no mundo, acrescentando que “a preparação e a oportunidade é que trazem perspectivas para os negócios e para o futuro”.
O diretor de Desenvolvimento Econômico da SDE, Válbete Panta Sá, elogiou a iniciativa: “São embriões como este que ajudam o estado a se desenvolver”, disse. Ele lembrou, porém, que o governo, as empresas e a sociedade civil precisam atuar mirando em sustentabilidade “para não nos tornarmos a pilha do mundo”, pontuou, referindo-se ao fornecimento de energia frente às novas perspectivas, principalmente o Hidrogênio Verde.
Diana Castro, presidente do Conselho Jovem da FIEB, destacou que é necessário se “ter boa vontade para contribuir para o ecossistema industrial da Bahia” e que os jovens empresários devem trabalhar pelo engajamento, pois em outros estados os jovens industriais estão se profissionalizando, um fator a mais no aumento da competitividade do setor.
O presidente em exercício da FIEB, Carlos Henrique Passos, ressaltou que a Federação vem estimulando o crescimento do Conselho Jovem, pois esta gestão tem uma preocupação com os futuros líderes. “Trazer os jovens para este ambiente é ter esperança de que as empresas terão sucessão ou que novas empresas sejam formadas e, assim, o sistema se retroalimente. É necessário oxigenar as lideranças do setor”, cravou.
A abertura do evento contou ainda com a participação da assessora da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Vera Garcez.