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19 de maio de 2025

Itinerários da Política Nacional do Ensino Médio ganham diretrizes nacionais

CNI Educação Escola SESI Formação Profissional Nacional

Itinerários serão organizados por projetos integradores com foco em pesquisa, dados e temas atuais como IA, inovação e tecnologia no mundo do trabalho

Foto: José Paulo Lacerda/Agência CNI

Por Giovanna Chmurzynski/Agência de Notícias da Indústria

O ensino médio, no Brasil, está passando por uma transformação estrutural significativa. Com a implementação dos Parâmetros Nacionais para os Itinerários Formativos de Aprofundamento (PN-IFA), a parte flexível do currículo – aquela escolhida pelos próprios estudantes – deixa de ser um conjunto de disciplinas desconectadas e passa a ter diretrizes claras, coerentes e alinhadas à realidade e aos interesses dos jovens brasileiros.

Essas novas diretrizes impactam diretamente a forma como os estudantes do ensino médio aprendem. Agora, os itinerários deverão ser organizados por meio de projetos integradores, que possibilitem a pesquisa, levantamento de dados e abordem temas atuais como inteligência artificial (IA) na educação, inovação e tecnologia em diferentes contextos, inclusive no mercado de trabalho. Tudo isso estruturado para garantir mais qualidade, equidade educacional e sentido pedagógico na experiência escolar.

Além disso, a resolução corrige um dos principais problemas deixados pela reforma do ensino médio de 2017: a ausência de um alinhamento nacional. Com a falta de parâmetros claros, muitas redes de ensino implementaram os itinerários de forma desigual. Segundo o gerente de Educação Básica do Serviço Social da Indústria (SESI), Leonardo Lapa Pedreira, a mudança era urgente. “Sem diretrizes claras, vimos uma fragmentação que prejudicava os estudantes. Agora temos uma base comum que valoriza a qualidade e promove justiça educacional”, explica.

Estrutura nacional e eixos obrigatórios

A nova resolução do ensino médio estabelece que todos os itinerários formativos estejam relacionados a uma ou mais áreas do conhecimento (Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências Humanas e sociais aplicadas e Ciências da Natureza e suas tecnologias). Também foi definido um conjunto de dez competências gerais comuns que orientam os professores e estudantes, desde a aplicação do método científico e resolução de conflitos até a elaboração de projetos com impacto social e uso de tecnologias. Essas competências se estruturam a partir de quatro eixos estruturantes:

Cada área do conhecimento também ganha objetivos de aprendizagem específicos e habilidades detalhadas. Por exemplo, uma das habilidades a ser desenvolvida pelos estudantes em um itinerário que integra as áreas de Matemática e Ciências humanas é: analisar dados estatísticos em problemas sociais e propor soluções diplomáticas para desafios globais.

As novas diretrizes do PN-IFA se tornam obrigatórias a partir de 2026. Entretanto, mantendo o pioneirismo na implementação do Ensino Médio, a rede SESI adequou-se às regras previstas na legislação de 2024, aplicando os itinerários formativos desde a primeira série. Em 2025, a rede já contará com material didático exclusivo e autoral.

Esses direcionadores do Programa Nacional de Itinerários Formativos de Aprofundamento (PN-IFA), lançados pelo Ministério da Educação. O programa foi construído com base em debates técnicos e colaborações de especialistas e instituições comprometidas com uma educação de qualidade, como o SESI. 

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