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1 de dezembro de 2022

“Inovação não é opção, é questão de sustentabilidade do negócio”

CIEB Inovação
Marco Cesarino falou para empresários na FIEB. Fotos: Gilberto Jr./Coperphoto/Sistema FIEB.

Convidado do segundo Café Empresarial CIEB, o cofundador da EmbraerX, Marco Cesarino, participou do evento para falar sobre como construir o futuro no presente, e concedeu entrevista ao Portal do Sistema FIEB:

Como foi a sua trajetória na EmbraerX?

Estou na empresa desde 2001, então são 20 anos de história, e eu costumo dizer que a minha trajetória na Embraer tem três episódios: Comecei com estratégia, muito focado no plano de globalização da companhia nas áreas de Suporte e Serviço, depois fui para a Criação e Estruturação, e a gente implantou o Programa de Excelência Empresarial, então o segundo episódio da minha carreira foi mais orientado à excelência, processos, eficiência empresarial, e aí esse último episódio começou quando me juntei fazer a evolução do panorama de inovação da companhia. É e nesse contexto que a gente então fundou o braço de inovação disruptiva da companhia, que é a EmbraerX, do qual sou um dos fundadores.

Qual o foco de atuação da Embraer X?

A gente vem alavancando projetos diferentes do nosso core business. Um dos mais emblemáticos, que rouba a cena, é um projeto de futuro da mobilidade aérea urbana, que hoje é um spin-off, a EVE Air Mobility, do qual eu sou líder, e também sou o head de outro projeto que está surgindo aí como um potencial segundo Spin-off, que é uma plataforma digital de colaboração em serviços de aviação.

Como inovar, trazendo o futuro para o presente?

Acho que o primeiro ponto é entender que a inovação não é opção, né? A inovação é uma questão de sustentabilidade do nosso negócio, é o que define a sobrevivência das empresas no mercado. Entendendo isso, como que a gente vê a inovação sem muito mito? Ela pode ser tanto pequena quanto grande, quanto gigantesca. Entendendo que é importante reservar esta pauta e incorporar no dia a dia já seria o primeiro desafio para as companhias. No caso da Embraer a gente consegue trazer inovação para o centro à medida que a execução está funcionando bem. O segundo desafio é: como você ganha empatia com o mercado.  Aí, cada empresa tem seus cenários, seu contexto. E aí a inovação vem de fora para dentro, ela é puxada pelo mercado, ela puxada pela necessidade dos seus clientes, do seu público. A observação é o que faz o pulo do gato aí para a inovação. A inovação também tem um método, e cada empresa define qual é o que funciona melhor, mas requer disciplina, gestão de portfólio, gestão de risco, projeção, visão de planejamento. As pessoas confundem inovação com a ideia, uma ideia nova. Mas ela é a ideia implementada, ideia que traz resultados para o negócio.

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