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12 de dezembro de 2024

III Ciclo de Formação de Jovens Lideranças da Indústria encerra com encontro sobre sucessão

Conselhos FIEB Negócios
Último encontro do III Ciclo de Formação de Jovens Lideranças 2024. Fotos Darío Guimrães Neto/Sebrae-BA.

O 16º e último encontro do III Ciclo de Formação de Jovens Lideranças da Indústria teve como tema Governança Corporativa e Familiar. Realizado na sede da FIEB, nesta quarta-feira (12), o evento teve como convidados Ruy do Amaral Andrade e seu filho, Ruy Andrade, da Petrobahia, e Fernando Carneiro e Renata Muller, da Pedreira Aratu.

No encontro, pais e filhos atuantes no negócio familiar falaram sobre suas experiências bem-sucedidas nos processos sucessórios. “Neste último evento do Ciclo, trouxemos dois cases, de boas práticas de gestão passada entre familiares, para que outros jovens da indústria possam tirar aprendizados. Este é o nosso objetivo com a formação”, explicou Donato Cuozzo, presidente do Conselho FIEB Jovem.

O Ciclo é uma iniciativa da FIEB, por meio da Gerência de Relações Sindicais e do Conselho FIEB Jovem, em parceria com o Sebrae-BA e visa promover a capacitação de novos líderes da indústria, com foco na construção de uma jornada de autoconhecimento como líder empresarial. A iniciativa inclui ações voltadas para networking, interação, dinâmicas e fóruns de discussão.

“Para o Sebrae-BA, é muito importante apoiar este Ciclo de Formação, pois a gente percebe que, na indústria, o processo de sucessão é muito forte e, nem sempre, esses jovens estão preparados para isso”, afirmou o coordenador de Indústria do Sebrae-BA, Tércio Calmon.

Em sua terceira edição, o Ciclo realizou 16 encontros, que ocorreram entre abril e dezembro, divididos entre atividades teóricas e de interação institucional (visitas técnicas, workshops etc.). Os temas abordados foram: Liderança e autoconhecimento, Associativismo e relações institucionais, Comunicação e relacionamento, Gestão e produtividade, Criatividade e inovação, Sociedade 5.0 e ESG, Futurismo e desafios globais, Governança corporativa e familiar.

Em 2025, o Ciclo vai ganhar o reforço da atuação do Instituto Euvaldo Lodi da Bahia, que será responsável por estruturar a formação. “Já tivemos a escuta com as lideranças e estamos estruturando o programa, que vamos realizar no âmbito do Procompi, uma iniciativa que promove a cooperação entre micro e pequenas indústrias visando superar desafios e estimular a inovação e a produtividade”, explicou a superintendente do IEL Bahia, Edneide Lima.

Lideranças da Pedreira Aratu e da Petrobahia falaram sobre seus processos sucessórios no encontro.

Experiência – Tema do último encontro, a sucessão familiar foi abordada por meio das experiências de Ruy do Amaral Andrade e seu filho, Ruy Andrade, da Petrobahia, e Fernando Carneiro e sua filha, Renata Muller, da Pedreira Aratu.  Para Ruy pai, a sucessão é um processo que envolve a índole das pessoas, confiança, apego ou desapego aos bens materiais, entre outros aspectos. “Tudo isso interfere, mas não há receita de bolo. O novo gera um desconforto, incomoda, mas não se pode medir acerto ou erro pontualmente, é preciso avaliar resultados dentro de um período. O conselho que dou para os pais é abrir a cabeça, pois depois de morto é muito pior para o negócio”, pontuou.

Já Ruy filho avalia que encontrar o lugar dentro do negócio é o maior desafio do sucessor. Ele conta que precisou se aprofundar mais na operação do negócio e encontrou alguma resistência não declarada, algum estranhamento, além de que barreiras geracionais existem. Porém, o jovem bem-preparado, em sua opinião, traz outras coisas para a mesa. “Formação, valores da família, detalhes da cultura familiar que agregam ao negócio. Sempre digo que tem duas coisas muito importantes neste processo: conversar e não ignorar a importância de ter gente de fora, um consultor, por exemplo, nesta transição, para ajudar a preservar as relações”, aconselha.  

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