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23 de janeiro de 2023

FIEB faz reunião com diretores da ANP para discutir paralisação em campos maduros

FIEB Petróleo e Gás

Em reunião extraordináriarealizada nesta quinta-feira (19), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), lideranças da entidade, políticos, empresários e representantes de trabalhadores da indústria do Petróleo discutiram com diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil – ANP possíveis alternativas à medida do órgão que suspende a produção em sete municípios do estado.

Em dezembro, após fiscalização, a Agência determinou interrupção das atividades em 37 campos de exploração. No encontro, os representantes do setor falaram sobre os impactos sociais e econômicos da parada do Polo Bahia Terra e as ações necessárias para o retorno rápido e seguro de sua produção.

O presidente da FIEB, Ricardo Alban, reconheceu a atenção da ANP com a situação, conclamando a participação de todos na busca por uma solução razoável em resposta à medida. “Nosso objetivo comum é buscar as ações que levem à retomada das atividades nos campos de petróleo, no menor prazo possível, sem prejuízo da segurança com as pessoas e do meio ambiente”, pontuou.

Presidindo a reunião, o vice-presidente do Conselho e da FIEB, Roberto Fiamenghi, lembrou que, apesar da interdição dizer respeito às operações da Petrobras, o impacto é sistêmico sobre a indústria baiana, afetando operadores independentes de petróleo, empresas do Polo de Camaçari, a Bahiagás e seus consumidores, trabalhadores e municipalidades.

O prefeito de Catu, Pequeno Sales, afirmou que uma paralisação “generalizada” da exploração dos campos de petróleo gera enorme prejuízo ao seu município, assim como a aos outros atingidos pela medida. “Seja em termos de arrecadação pública aos proprietários de terras ocupadas pela exploração, seja no risco ao emprego dos cidadãos e na redução da demanda em todos os serviços derivados da atividade do petróleo na região”, disse em tom de desalento.

Na ocasião, os representantes dos poderes públicos e dos trabalhadores defenderam não haver necessidade de paralisação total das atividades, apesar de reconhecerem que as áreas demonstram algum nível de deterioração por falta de manutenção adequada.

Em resposta aos questionamentos a respeito da interdição e as explanações sobre os prejuízos econômicos e sociais decorrentes da medida, o diretor geral da ANP, Rodolfo Saboia, informou que já foi criado um Grupo de Trabalho para o tratamento do plano de trabalho da Petrobras, e disse que vai considerar a participação de outras instituições. Saboia prometeu levar as questões apresentadas à ANP para avaliação.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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