Estudantes de Conquista projetam etiqueta para cegos e supermercado inteligente
Projetos foram apresentados na Mostra STEAM Vitória da Conquista: Uma Cidade Inteligente, realizada de 3 a 5.10, e envolveu 840 alunos da Escola SESI Anísio Teixeira
Uma etiqueta inteligente para pessoas cegas, que permite que elas obtenham informações sobre os produtos de maneira prática e autônoma, utilizando tecnologia assistiva para facilitar a identificação de preços, características e outras informações relevantes dos produtos a visitar uma loja.
Esta foi uma das 79 soluções desenvolvidas por estudantes do ensino fundamental e médio da Escola SESI, que participaram de 3 a 5/10, da Mostra STEAM Vitória da Conquista: Uma Cidade Inteligente, no Shopping Conquista Sul, em Vitória da Conquista. O objetivo da mostra foi destacar o papel da Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática na construção de cidades mais eficientes e sustentáveis.
A Mostra é uma iniciativa da Escola SESI Anísio Teixeira e reúne projetos desenvolvidos pelos 840 alunos da instituição. “Todos os projetos estão com a temática Vitória da Conquista: uma cidade inteligente. Dentro dessa temática, além da acessibilidade, temos projetos voltados para mobilidade urbana, melhorias na saúde pública, cuidado com meio ambiente, dentre outros”, explica Tiago Chaves, coordenador pedagógico da Escola e que coordenou a mostra.
O projeto da etiqueta inteligente para cegos foi desenvolvido por estudantes da 2ª série do ensino médio. Já a equipe da estudante Nathália Andrade Silveira, 15 anos, que cursa o 1º ano do ensino médio, optou por desenvolver a proposta de um supermercado acessível, o Diversimarket.
“Identificamos que pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNE) têm dificuldade para realizar compras em supermercado. Criamos um mercado onde as prateleiras têm alturas menores, há funcionários especializados para se comunicar na linguagem de sinais, prateleiras para facilitam o trânsito dos cadeirantes e caixas mais afastados para que o cadeirante possa se deslocar”, explica Nathália.
Além de desenvolver a solução em si, Nathália conta que ela e sua equipe tiveram a oportunidade de aprender muito no processo de desenvolvimento da solução. “É um projeto maravilhoso, nunca tive a oportunidade de realizar um projeto tão grande como este. A gente teve que pesquisar, entender várias dificuldades da nossa cidade e está sendo muito especial para mim e para nossa equipe”, conta a estudante.
Uma das coisas que ela destaca é que, de acordo com pesquisa realizada pelo Procon de São Paulo, 92% das pessoas com PNE não conseguem fazer compras por causa de problemas de acessibilidade. “Além de abrir nossa mente, este projeto também despertou meu interesse para diversas áreas”, conta.