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6 de novembro de 2023

Escolas discutem caminhos para a questão da violência nas escolas

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Com a presença de especialistas e educadores, escolas se reuniram para tratar do tema que tem preocupado a sociedade

Roda de Conversa reúne especialistas no auditório da FIEB Foto: Lúcio Távora/Coperphoto/Sistema FIEB

Como lidar com o crescimento da violência no ambiente das escolas? Quais são os caminhos para o enfrentamento desta realidade? O que já vem sendo feito? Perguntas como esta marcaram a Roda de Conversa – Caminhos para promoção da convivência e enfrentamento das violências nas Escolas que reuniu, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), três especialistas no tema para uma conversa com educadores, gestores escolares, pais e estudantes.

A iniciativa mobilizou a Rede SESI de Educação, os colégios Antônio Vieira, Oficina e Cândido Portinari e a Escola Casa da Infância, com o apoio do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe-BA).

Danila di Pietro destacou que nos dois últimos anos houve um aumento da incidência da violência nas escolas no Brasil. Pedagoga e licenciada em Letras, Danila é pesquisadora da área de Psicologia Moral e integra o Grupo de Estudos sobre Educação Moral (Gepem), vinculado à Unesp/Unifesp/Unicamp que há mais de 20 anos se debruça sobre este tema. Segundo ela, a questão da violência na escola é um problema complexo e multifatorial, que envolve vários setores da sociedade civil, da rede de proteção e a escola. “Quando a gente pensa o que a escola pode fazer, ela pode se tornar ambiente humanizado. Ela pode e deve encampar a ideia da educação integral, considerando que o papel dela não é só ensinar português ou matemática, mas ajudar na formação de caráter também”.

César Amaral Nunes, também integrante do Gepem e pesquisador na Unicamp, participa de dois grupos de pesquisa na área e na avaliação dele, a solução passa por ações coletivas. Ele destacou a importância de eventos como a Roda de Conversa no sentido de criar condições e uma rede de apoio, colaboração, aprendizagem e transformação. “Quando você junta um coletivo, você pode resgatar essa ideia de que nós podemos nos empoderarmos para lidar com tudo isso”, destaca.

OUÇA: Depoimento de César Amaral Nunes, pesquisador na Unicamp
nos grupos Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública e no GEPEM

Representante da área jurídica, Fabian Maia destacou que “de forma geral, os métodos tradicionais de solução do conflito e resolução do conflito não têm sido suficientes para tratar todas as diversas situações”, daí a importância de se buscar alternativas. Ele também aposta no diálogo e no coletivo coo soluções possíveis.

Cléssia Lobo, superintendente de Educação do SESI Bahia
Fabian Maia, advogado e auditor federal de finanças e controle
Danila di Pietro, pedagoga e pesquisadora do GEPEM/Unesp/Unifesp/Unicamp

Representante do Conselho Estadual de Educação no evento, Nildon Pitombo defende que o tema seja cada vez mais discutido pela sociedade e que, em paralelo, se fomente uma cultura de paz.

A representante da Casa da Infância, Marília Dourado, elogiou a iniciativa. “Para mim é um evento de grande importância porque ele é fruto do diálogo entre instituições e nós acreditamos que no mundo atual nós precisamos estar em diálogo e construindo coletivamente em torno de um debate que é central para a sociedade”, destaca.

Cléssia Lobo, superintendente executiva de Educação e Cultura do SESI Bahia lembrou que fazer educação é cada vez mais buscar conexões de rede com especialistas, com educadores, os pais e os alunos. “Que nesse trabalho coletivo de cooperação possamos fazer efetivas mudanças nos nossos estudantes, na sociedade atual e futuro”, disse. A expectativa do SESI é de que novos debates como este possam voltar a acontecer, ampliando a participação de novas redes de educação e escolas.

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