Conselho FIEB Jovem promove encontro com economista-chefe da FIESP
Convidado pelo Conselho FIEB Jovem, o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Igor Rocha, participou de reunião na sede da Federação, na última quarta-feira (18), quando apresentou dados e analisou a situação econômica do país. Objetivo do encontro foi aproximar jovens lideranças da indústria.
Rocha mostrou gráficos sobre a produção industrial, com destaque para o avanço dos bens de capital, com crescimento da produção de caminhões (cujo impacto econômico é direto) e da linha branca (fogões, geladeira, entre outros). Destacou o impacto vindo da liberação de R$ 131 bilhões em precatórios no final de 2023 e início de 2024, o que ajudará a elevar nosso PIB em no mínimo 3% este ano.
Discordando das críticas negativas do mercado à economia brasileira, ele citou dados para justificar sua posição, como a taxa de desemprego, que está em 6,8%, voltando ao patamar de janeiro de 2014, quando era de 6,7%. E criticou o aumento da taxa de juros. “Se comparada com nossos vizinhos da América do Sul, nossa situação econômica é melhor e a taxa de juros nesses países é menor”, apontou.
Na ocasião, o gerente executivo de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Marcus Verhine, fez uma apresentação sobre a economia baiana, mostrando o perfil concentrado do setor no estado e destacando suas áreas em maior expansão – mineração e energias renováveis – e seus maiores desafios.
Os números mostram que o principal gargalo está em escoar a produção por meio de corredores logísticos de integração e exportação, com uma malha ferroviária deficiente, e a base educacional de baixa escolaridade da nossa população baiana, que faz com que a indústria tenha dificuldades para contratar trabalhadores e também com a produtividade. “No perfil dos trabalhadores da indústria da Bahia 63% possui apenas nível médio e 6% possuem nível superior” pontuou.
O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, destacou o desafio que a Bahia tem para qualificar melhor sua população e incentivar jovens a liderar. Ele também citou ações conduzidas pelo Sistema FIEB, no sentido de apoiar a competitividade da indústria do estado e superar carências.