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8 de julho de 2022

CNI projeta crescimento de 1,4% para o PIB em 2022


Instituição revisou para cima a previsão do Produto Interno Bruto brasileiro devido à melhoria no mercado de trabalho e ao aquecimento do setor de serviços no primeiro semestre. Indústria deve crescer 0,2%

Foto ShutterStock

Da Agência CNI de Notícias


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta crescimento de 1,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de acordo com o Informe Conjuntural do 2º trimestre. O percentual se aproxima da previsão de alta de 1,2% feita em dezembro de 2021, antes da guerra na Ucrânia e do agravamento da pandemia de Covid-19 na China, que pressionaram preços e adiaram as expectativas de normalização das cadeias globais de produção. Esses fatores levaram a CNI, em abril, a prever uma expansão da economia menor, de 0,9%. No entanto, o primeiro semestre de 2022 tem sido marcado por um bom desempenho da atividade econômica no Brasil, com melhoria no mercado de trabalho e o aumento da demanda do setor de serviços.

Para a Bahia, a Federação das Indústrias faz uma estimativa de crescimento de 3,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) do estado em 2022. A projeção consta do Relatório Técnico Estimativa do PIB da Bahia 2022, elaborado pela Gerência de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) com base nos indicadores recentes e na percepção de analistas e empresários do estado.

Confira aqui imagens de apoio e entrevista em vídeo com o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, sobre o Informe Conjuntural.


O gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, explica que o setor de serviços surpreendeu positivamente no primeiro trimestre. A indústria registrou altas moderadas da produção ao longo do primeiro trimestre, pouco acima do previsto, com maior dinamismo em setores ligados a commodities. “Os dados do segundo trimestre disponíveis até o momento permitem esperar continuidade desse bom desempenho”, explica o economista.


Uma série de impulsos ajudam a explicar o desempenho favorável da atividade econômica na primeira metade de 2022. A recuperação do mercado de trabalho segue firme, com o emprego em elevação desde 2020, totalizando 97,5 milhões de pessoas ocupadas, maior ocupação desde o início da série, em 2012. O rendimento médio real também vem crescendo, a despeito da inflação elevada. Revisamos nossa expectativa de taxa de desemprego média no ano, de 12,9% para 10,8%, e o crescimento da massa salarial real, de 1,4% para 1,6%.


Antecipação do 13º salário e liberação do FGTS aqueceram economia no primeiro semestre


Mário Sérgio enumera alguns fatores transitórios que também contribuíram para um desempenho melhor no primeiro semestre. São eles: adiantamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS; liberação de saques do FGTS; retomada do pagamento do abono salarial; e aumento das transferências diretas de renda.


Dessa forma, a CNI revisou também as projeções para o PIB da Indústria e de Serviços. Além do aumento da massa salarial, o setor de serviços também tem sido beneficiado pela normalização pós-pandemia de serviços ligados à mobilidade. Assim, a projeção de crescimento passou de alta de 1,2% para alta de 1,8%. A Indústria, por sua vez, segue enfrentando dificuldades, mas a projeção de PIB industrial passou de queda de 0,2% para alta de 0,2%. A revisão da Agropecuária foi no sentido inverso, com previsão de estabilidade

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