Brasil-Alemanha: acordo para evitar dupla tributação é prioridade em encontro econômico
CNI apresentará prioridades da indústria para impulsionar as relações econômicas bilaterais na cidade alemã de Wolfsburg, de 22 a 24 de setembro. País é o 4º principal parceiro comercial do Brasil
Da Agência CNI/ Fernanda Louise
Autoridades governamentais e líderes empresariais do Brasil e da Alemanha se reunirão, de 22 a 24 de setembro, na cidade alemã de Wolfsburg, para discutir a ampliação dos investimentos e o fortalecimento da cooperação empresarial.
Entre as pautas que serão levadas pelo setor privado brasileiro está a negociação de um novo Acordo para Evitar a Dupla Tributação (ADT), que deve aumentar a segurança jurídica nos negócios e os investimentos e exportações, além de estimular a aquisição de tecnologia e empréstimos internacionais.
Considerado o principal evento da agenda dos dois países, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias Alemãs (BDI). Em sua 40ª edição, o encontro discutirá uma nova agenda bilateral, com intuito de revitalizar a parceria estratégica empresarial alinhada à Nova Indústria Brasil.
“O Brasil e a Alemanha têm uma longa história de colaboração e parceria, fundamentada em laços econômicos, culturais e políticos. Essa relação se intensifica diante dos desafios e oportunidades do cenário global contemporâneo, especialmente no contexto da reindustrialização, da inovação tecnológica e da sustentabilidade. Este é o momento para definirmos os rumos da parceria comercial e industrial entre os dois países”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Alemanha é um dos principais parceiros comerciais do Brasil
Além de ser o 4º país no ranking de parcerias comerciais brasileiras, a Alemanha é o 10 º investidor direto no país. A corrente de comércio entre os países alcançou US$ 18,79 bilhões em 2023, uma redução de 1,5% em relação ao ano anterior, quando registrou US$ 19,07 bilhões. No ano passado, as exportações brasileiras para o país somaram US$ 5,6 bilhões, uma queda de 10% em relação a 2022, que chegou a US$ 6,2 bilhões. Já as importações da Alemanha para o Brasil alcançaram US$ 13,14 bilhões, um aumento de 3% em comparação com 2022, que marcou US$ 12,8 bilhões.
Além disso, entre 2019 e 2023, os setores que mais receberam anúncios de investimentos no Brasil foram os de transporte, automotivo, logística e equipamentos industriais. Os dados foram elaborados pela CNI com base em estatísticas do ComexStat, MDIC, FDI Markets, FMI e IBGE.